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Baú de Relíquias - A bola não pára

Psicologia e Malandragem de Treinador

Narra o Prof. Paulo Araujo, que foi técnico do Juventus, Paladino, Aliança, Juventude, Sepé e ASRE.

Quando treinador do Paladino, contava em circunstâncias especiais, com um atleta de Crissiumal.

Numa semana de partida importante, o jogador centro-avante – talvez o melhor da equipe – de um momento pra outro apareceu manquitolando, com o evidente propósito de amorcegar, quiçá, para levar algo “por fora” de um dirigente. Notando a evidente malandragem, o treinador não se abateu. Mandou chamar o jogador de Crissiumal.

Este passou alguns dias em treinamento e foi escalado para integrar o onze. O “contundido” sabendo ser ele o melhor da equipe, quando se assegurou junto ao treinador que não jogaria, surpreendentemente ficou curado. Mesmo contra a opinião dos cartolas, o técnico manteve sua palavra. Deixou-o na reserva.

No intervalo do primeiro tempo o atleta insistia em jogar. No meio da etapa complementar, como o marcador se mantivesse mudo o treinador olhou para o atleta e disse-lhe:

Vá lá. Jogue! Ganhe o jogo. Em caso contrário não mais atuarás comigo. E nem em Santa Rosa.

O atleta, agora obediente, temeroso entrou em campo comeu a bola, fez o gol da vitória. Para se ter sucesso na vida, às vezes, é necessário pôr as coisas em seus devidos lugares.


Dirigentes Dr. Monte Alvar, presidente e Wilson Gomes – Atletas: Vado, Lotario, Salador, Vilmar, Canhete, Pedrinho, Mido, Kalil e Paulo Araujo (treinador). Agachados: Jorginho, Pelé, Nunes (?) Mineirinho, Ademir, Zeca e (...) (Lothar Dreher)

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