SALVAGER MARASCHIM, presidente do Paladino e dono do Café Central, onde quase ficou rico, explorando o snooker e servindo batidas de cachacinhas com limão bergamota, para a patota, e Steinheger com chope para os melhor aquinhoados.
O Café Central era o ponto de tudo.
Ali, entre aperitivos, sanduíches e guaranás, ficava-se sabendo de todas as novidades da cidade, especialmente as relacionadas com o futebol.
Havia, porém, em menor número os adeptos das carreiras.
SALVAGER, a exemplo de alguém importante, perdera metade de um dedo indicador de uma das mãos.
Numa segunda-feira, alguém lhe perguntou pelo resultado de uma cancha reta.
Colocou os dois dedos indicadores, um ao lado do outro, e esfregando um no outro disse: Foi assim.
Assim como? Ganhou quem de luz e dobro? A égua ou o Gateado?
- Empataram, pô.
Não vê a posição e o movimento dos meus dedos?
Não sabe que tenho um menor que o outro?