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Baú de Relíquias - A bola não pára

Caçadas

Havia uma família grande, formada por irmãos, cunhados, concunhados e alguns amigos comuns que, além de fazerem parte do mesmo “grupo de bolão” e de ensaios musicais, dedicava-se ao esporte da caça de perdizes. A ela se juntou outro parente, caçador de mato e não de campo. Era o perito nas artes de atirar.

Enquanto os demais companheiros ao voltarem para o acampamento, antes do almoço, tomassem um aperitivo e, depois, fossem sestear o nosso heroi alimentava-se, ligeira e frugalmente de um pão com schmier e retornava à faina.

Sem contar que entre eles, alguns, fumavam cigarros de palha e tinham de parar a caçada também, para localizar a palha, picar o fumo, fechar e acender o palheiro, em isqueiros que não funcionavam devido ao vento, ou palitos de fósforo que se apagavam.

Mas era melhor que os avios de fogo, um poronguinho com tecido de camiseta, já queimada, no interior dele.

Obtinha-se a faísca com o atrito entre uma liminha e uma pedra de silylex.

Por ser bom no tiro, sempre caçava mais que seus parentes e contra-parentes.

Estes diziam: - Mas vá ter sorte, na caixa prego, como o SCHMIER!

Sempre caça bem mais do que nós! É um sortudo!

(“A gaita matou a viola, o fósforo matou o isqueiro, a bombacha, o xiripá e a moda, o uso campeiro”)


Caçadores e atiradores do Clube Guarany de Caça e Pesca – dentre outros: João Araujo, João Rigon, Mario Meurer, Titus Birmann, Leonisio Grando, Lourival Garcia, Eugenio Koslowski, Zeca Seger, Egon Rippel (Foto - Evaldo Rippel)

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