Nos idos de 1954 havia no Quartel do Regimento, um cabo gozador, gritão, folgado e o que mais coubesse como sinônimo de ‘ deitado”.
Torcedor fanático do Paladino, encarregado da faxina na unidade militar.
Por ser papudo, brincando com determinado Sargento, soldado há pouco e recém promovido, no horário do almoço, disse para quem quisesse ouvir: - Hoje não tem Comandante da Patrulha!
Ao sair do cinema foi preso, conduzido ao Quartel e no dia seguinte ao rancho, para o café da manhã, trajando terno azul marinho no meio dos guardas que o custodiavam, por ter ido assistir o filme. à paisana.
Havia Comandante da Patrulha!
Era comum na época determinadas casas que nos chamávamos de cabaré, fazerem bailes nas noites de sábado.
Por qualquer toma lá, dá cá, fechava o pau.
Estava ele numa dessas casas e lá, também, alguns soldados da Brigada Militar.
Quando houve o entrevero os brigadianos vieram pra cima dele e este, repentinamente, empunhando uma espécie de facão, riscava o assoalho, o chão em forma de X e gritou: - Não se metam comigo, não se metam à besta, porque há que respeitar a hierarquia: EU SOU FEDERAL!